sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Eu e as Conjunções

Adquiri um hábito durante a graduação, de reler tudo aquilo que foi escrito um tempo depois, de um hábito cientifico, tornou-se uma mania, um sentimentalismo. Aquelas coisas que  eu faço quando não tenho muito para fazer e muito a pensar. Revendo esse blog com todas as minucias de crueldade notei o quanto meus textos são pautados de conjunções adversativas, cheio de pausas. Fiz uma busca muito pequena em meus devaneios e descobri que sou lotada de "contudos" porque aqui dentro tudo reina como uma balburdia.
Tomei decisões cheia de certeza, PORÉM, na mesma academia em que apreendi a revisitar meus pensamentos de forma crítica, também entendi que somos contradições que andam, falam e amam.
Ainda não consigo conceber essa ideia que me parece um bichinho incomodo e, quando olho aquelas letras que juntei em um espaço, em tempo ainda não entendo como meu coração se fez, ou mesmo se refez. Tento interpretar um passado que me foi caro, como aos 18, aos 21 para um breve salto aos 27 ou mesmo aos 26 tomei caminhos que hoje não reconheço. Mesmo que eu tivesse medo, gritasse coragem, lá estavam as conjunções me oferecendo as mãos para darmos um passeio.
Ainda em meio liquidez parafraseando um certo autor, revejo e percebo uma constante na qual me perdi, da qual voltei faz tão pouco tempo e cá entre nós apenas voltei porque aquele que me guardava as incertezas hoje não pode mais me deixar caminhar pelo meu desconhecido campo, mundo aquele com o qual eu me comunicava apenas quando "sim", insistia em transformar-se "mas".

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