Eu cometo ousadias, gosto delas.. a ousadia da vez é falar sobre o tempo
Já notei faz um tempo, que o tempo me enlouquece, quando saio de madrugada para o trabalho, vejo a lua, imagino como irei vencer aquele dia, quando eu nem me dei conta a lua está lá novamente e eu nem senti os acontecimentos.
Amanhecer em uma cidade e anoitecer em outra, sempre reflito sobre isso, sobre como a distância encurta os tempos, sobre como em um dia as coisas viram do avesso e nada existirá a não ser a memória para ser compartilhada.
Quando eu estava nos primeiros aninhos de estudo sempre me imaginava como uma veterinaria que iria cuidar, viajar conhecer animais exóticos na ilha de Galapagos ou qualquer outro lugar, chegaria bem pertinho de um Dragão de Komodo e teria muitos cavalos em um sítio, seria uma grande amazona. Quando não muito tempo passou, os planos mudaram, a vida mudou, aí eu já me imaginava viajando o mundo como arqueóloga e historiadora, seria uma doutora renomada, escreveria muitos livros, revolucionaria o mundo assim, assim o tempo se foi.
Hoje ainda não sou doutora, mas historiadora, reflito sobre o tempo, a soicedade, pego a estrada para uma pequena cidade que tem appenas 4.000 habitantes. Ainda quero revolucionar o mundo, ainda quero escrever muitos livros e devorar outros.
Contudo o retrocesso feito junto a minha memória é mais curto, faz um ano... uns meses, na verdade ele ainda está no tempo presente. Um dia eu pisquei e tomava o ônibus, já voltava de Minas Gerais, quando saltei em São Paulo e já sabia que aquilo iria ficar para trás, mesmo que eu não acreditasse, outro dia pisquei novamente estava em outro lugar e em outros lençois, vivendo uma outra história, sem nem perceber dessa vez fechei os olhos e ali eu fiquei, por um quase 270 dias, eu fui Bossa Nova, sem me preocupar com os males, do mundo apenas com meu coração, apenas com quem compratilhava meus jantares. Durante esse tempo que calculado em meses nada significa, mas que somam 6480 horas eu sorri para meus amigos, comi bolinhos, comprei flores, cozinhei, ri e compartilhei tanto, muito afeto, muitos risos, algumas milhares de cervejas, cochilos, viagens, bancos, blusas.
Duarante 9331200 minutos flutuei, fui feliz, tinha os programas mais deliciosos de domingo, meus amigos de longa data sempre juntos a mim para poder cuidar a uma distância de 244 Km eu poderia sorrir mais, esses aproxidamente 1952 Km pecorridos em espaço de tempo tão curto essas 72 horas de ansiedade para chegar a hora de ter as malas carregadas em direção a alegria ao que julgava ser pisar em grama verde.
Hoje me lembro que apenas pisquei, mudou de novo, o tempo virou, hoje caminho em outra direção, peço para o tempo voltar ou avançar para eu poder ficar na direção certa, para não precisar me perder no tempo e na memória para acontecer de novo, melhor, mais feliz e para poder ser sempre tempo presente e não passado, para não correr na virada de um ampulheta, no tempo do relógio, no piscar de olhos, para mudar e teletransportar para o presente aquilo ou aquele que me deixa feliz.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
Alô, Alô...
Certa vez uma pessoa que acredita em muitas coisas, inclusive na filosofia oriental me disse que nossa casa é o espelho dos nossos pensamentos, pois bem hoje minha casa não é só minha eu divido ela com mais alguns habitantes, mas meu quarto ainda é meu, e quer saber ele está um caos.
Sinceramente comecei a acreditar nisso, visto que minha mente se encontra em tal estado, em perigo bagunçada, existem calaçados, roupas, livros, cartas e documentos por todos os lados, sem contar um guarda-roupas lotado de coisas de um tempo que já se foi.
É a partir das minhas observações do cotidiano que acabo juntando as letras dentro do caos, tenho chegado a conclusões um tanto assustadoras.
Minha vida é um terno faz de contas, que só acontece no que está sobre meu pescoço e na tela do computador é ali que estou vivendo nos ultimos tempos. Nos seriados, filmes, ali eu já salvei vidas, mudei o mundo e mais ali eu fui amada com todas as minhas idiossincrasias, ali a minha existência tomou importância. Essa é uma conclusão patética, contudo absolutamente real, sendo paradoxal, a realidade é que não vivo no plano real, mas sim no mundo da lua e é de lá que eu me comunico, lá minhas fantasias estão criando movimento.
Como diria Lucas Silva Silva:
- Alô, Alô Planeta Terra chamando.... essa é mais edição do diário de bordo, do meu diário de bordo, onde tudo pode acontecer........
No mundo da lua eu estou em uma vida que tenha sucesso, em algo diferente, cheio de gente, agitação das boas, com as melhores músicas, amigos.
E o plano real? aaaa deixa para depois, quando estou ali no Mundo da Lua, tudo pode ser, tudo pode rolar tudo vira uma fotografia, uma cena de filme, lá a vida acontece?
Quando foi que eu deixei de ser alguém interessante, iventiva sim, mas executora para ser apenas inventiva aqui dentro?
Quando foi que eu deixei qualquer frustração me deixar ir embora e não voltar mais desse plano onde tudo é maravilhoso e eu vôo de uma praia nas Bermudas para a nuvem dos ursinhos carinhosos, escapo de de uma caixa de papelão e tomo um balde de sorvete.... fiquei presa?
Deixe de viajar fisicamente, para não voltar mais do plano da imaginação?
Sempre me pergunto como eu era aos nove anos? Essa mesma pessoa que me falou do quarto, disse que eu era confiante, criativa, segura, tranquila e feliz.
Lá no Mundo da Lua eu sempre acho que sou, mas aqui que não é o mundo das idéias, onde as esquinas são de verdade, os cães latem e lambem, onde nem sempre é verão, em que estação do ano eu fui embora? qual foi a esquina que eu dobrei? qual foi a nave na qual embarquei?
Sei que quando fechos os olhos ou ás vezes com eles bem abertos ainda posso sentir aquele mundo se materializando para depois ir embora.
Sinceramente comecei a acreditar nisso, visto que minha mente se encontra em tal estado, em perigo bagunçada, existem calaçados, roupas, livros, cartas e documentos por todos os lados, sem contar um guarda-roupas lotado de coisas de um tempo que já se foi.
É a partir das minhas observações do cotidiano que acabo juntando as letras dentro do caos, tenho chegado a conclusões um tanto assustadoras.
Minha vida é um terno faz de contas, que só acontece no que está sobre meu pescoço e na tela do computador é ali que estou vivendo nos ultimos tempos. Nos seriados, filmes, ali eu já salvei vidas, mudei o mundo e mais ali eu fui amada com todas as minhas idiossincrasias, ali a minha existência tomou importância. Essa é uma conclusão patética, contudo absolutamente real, sendo paradoxal, a realidade é que não vivo no plano real, mas sim no mundo da lua e é de lá que eu me comunico, lá minhas fantasias estão criando movimento.
Como diria Lucas Silva Silva:
- Alô, Alô Planeta Terra chamando.... essa é mais edição do diário de bordo, do meu diário de bordo, onde tudo pode acontecer........
No mundo da lua eu estou em uma vida que tenha sucesso, em algo diferente, cheio de gente, agitação das boas, com as melhores músicas, amigos.
E o plano real? aaaa deixa para depois, quando estou ali no Mundo da Lua, tudo pode ser, tudo pode rolar tudo vira uma fotografia, uma cena de filme, lá a vida acontece?
Quando foi que eu deixei de ser alguém interessante, iventiva sim, mas executora para ser apenas inventiva aqui dentro?
Quando foi que eu deixei qualquer frustração me deixar ir embora e não voltar mais desse plano onde tudo é maravilhoso e eu vôo de uma praia nas Bermudas para a nuvem dos ursinhos carinhosos, escapo de de uma caixa de papelão e tomo um balde de sorvete.... fiquei presa?
Deixe de viajar fisicamente, para não voltar mais do plano da imaginação?
Sempre me pergunto como eu era aos nove anos? Essa mesma pessoa que me falou do quarto, disse que eu era confiante, criativa, segura, tranquila e feliz.
Lá no Mundo da Lua eu sempre acho que sou, mas aqui que não é o mundo das idéias, onde as esquinas são de verdade, os cães latem e lambem, onde nem sempre é verão, em que estação do ano eu fui embora? qual foi a esquina que eu dobrei? qual foi a nave na qual embarquei?
Sei que quando fechos os olhos ou ás vezes com eles bem abertos ainda posso sentir aquele mundo se materializando para depois ir embora.
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