terça-feira, 7 de maio de 2013

Alô, Alô...

Certa vez uma pessoa que acredita em muitas coisas, inclusive na filosofia oriental me disse que nossa casa é o espelho dos nossos pensamentos, pois bem hoje minha casa não é só minha eu divido ela com mais alguns habitantes, mas meu quarto ainda é meu, e quer saber ele está um caos.
Sinceramente comecei a acreditar nisso, visto que minha mente se encontra em tal estado, em perigo bagunçada, existem calaçados, roupas, livros, cartas e documentos por todos os lados, sem contar um guarda-roupas lotado de coisas de um tempo que já se foi.
É a partir das minhas observações do cotidiano que acabo juntando as letras dentro do caos, tenho chegado a conclusões um tanto assustadoras.
Minha vida é um terno faz de contas, que só acontece no que está sobre meu pescoço e na tela do computador é ali que estou vivendo nos ultimos tempos. Nos seriados, filmes, ali eu já salvei vidas, mudei o mundo e mais ali eu fui amada com todas as minhas idiossincrasias, ali a minha existência tomou importância. Essa é uma conclusão patética, contudo absolutamente real, sendo paradoxal, a realidade é que não vivo no plano real, mas sim no mundo da lua e é de lá que eu me comunico, lá minhas fantasias estão criando movimento.
Como diria Lucas Silva Silva:
- Alô, Alô Planeta Terra chamando.... essa é mais edição do diário de bordo, do meu diário de bordo, onde tudo pode acontecer........
No mundo da lua eu estou em uma vida que tenha sucesso, em algo diferente, cheio de gente, agitação das boas, com as melhores músicas, amigos.
E o plano real? aaaa deixa para depois, quando estou ali no Mundo da Lua, tudo pode ser, tudo pode rolar tudo vira uma fotografia, uma cena de filme, lá a vida acontece?
Quando foi que eu deixei de ser alguém interessante, iventiva sim, mas executora para ser apenas inventiva aqui dentro?
Quando foi que eu deixei qualquer frustração me deixar ir embora e não voltar mais desse plano onde tudo é maravilhoso e eu vôo de uma praia nas Bermudas para a nuvem dos ursinhos carinhosos, escapo de de uma caixa de papelão e tomo um balde de sorvete.... fiquei presa?
Deixe de viajar fisicamente, para não voltar mais do plano da imaginação?
Sempre me pergunto como eu era aos nove anos? Essa mesma pessoa que me falou do quarto, disse que eu era confiante, criativa, segura, tranquila e feliz.
Lá no Mundo da Lua eu sempre acho que sou, mas aqui que não é o mundo das idéias, onde as esquinas são de verdade, os cães latem e lambem, onde nem sempre é verão, em que estação do ano eu fui embora? qual foi a esquina que eu dobrei? qual foi a nave na qual embarquei?
Sei que quando fechos os olhos ou ás vezes com eles bem abertos ainda posso sentir aquele mundo se materializando para depois ir embora.

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