tag:blogger.com,1999:blog-74740675472407571592024-03-13T00:33:50.097-07:00Diretamente do Mundo da Luanuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-64382095885198286532017-10-30T08:58:00.005-07:002017-10-30T08:58:47.590-07:00Não podemos mudar o passado, nem podemos viver no futuro, tudo o que temos é o tempo presente e quando ele nos fere nos escondemos do tempo.<br />
<br />nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-33235307754076239952017-09-23T06:44:00.001-07:002017-09-23T06:44:17.906-07:00São os atos banais da vida que me incomodam, pisar nas mesmas calçadas, caminhar pelas mesmas ruas, sentar nas mesmas cadeiras, olhar para as mesmas paredes, deitar na mesma cama, usar os mesmos cobertores. Sentar na ponta da mesa e assumir as panelas de ferro, picar cebolas e confeitar bolinhos amargam minha boca, pintar as unhas dos pés de vermelho e usar aquele velho vestido de flores coloridas.<div>
Pendurar um quadro na parede azul do quarto foi um ato de coragem, algo que exigiu de mim muitos dias de reflexão, diversos aconselhamentos e uma pitada de fé, em alguns dias olho para mulher que repousa calmamente sobre as rosas vermelhas com sua boca delicada e olhos pequenos e sinto por não partilhar de tal paz. A vida me violentou, me tornou um sorriso emoldurado em coração obstruído, partido em dois pedaços, contra todas as razões ele insiste em me fazer saudosa e melancólica.</div>
<div>
Fui capturada por um espaço de tempo no qual os travesseiros tinham cheiro amadeirado e espalhadas pelo quarto poderia encontrar garrafas de água pela metade e papeis de bala cuidadosamente deixados nas prateleiras. É o cotidiano que me engole, pois não posso mais escutar o barulho do motor do carro, nem sentar nas mesmas mesas de bar; como um ladrão vil você furtou meu sossego me deixou nua e assustada por não conseguir viver em um mundo que antes me pertencia e agora perdeu a identidade e o significado.</div>
<div>
</div>
nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-82452449426891625502017-09-14T03:36:00.002-07:002017-09-14T03:36:36.213-07:00O espaço é lugar de afeto, é onde desenhamos nossas vidas, cada coisa que tocamos, cada roupa que vestimos cria significado.<br />
Hoje eu não sei mais andar em minha casa e nem nas ruas da minha cidade, abrir as janelas de meu quarto é doloroso.<br />
Você me tirou o direito de ir e vir, esse não é mais o meu lugar, você me arrancou todo significado de viver e não creio que exista justiça em não conseguir sorrir. Meu quarto de paredes azuis, minha cama confortável, meus livros, tudo isso deixou de ser espaço de amar.<br />
Você não tinha o direito de me fazer amar se não tinha a pretensão de ficar, não visto mais as velhas camisas, não como os mesmos pratos e nem frequento os mesmos bares. Você abusou, levou a beleza do mundo consigo e agora o que faço de mim?<br />
<br />nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-9605363793311296002017-09-08T19:02:00.000-07:002017-09-08T19:22:24.900-07:00Uma das coisas que aprendi com minha vó é que fazer faxina é essencial.<br />
Você começa abrindo grandes e velhos armários antigos e despeja tudo no chão, olha bem para a bagunça de gavetas abertas e roupas que não cabem e começa a trabalhar.<br />
Primeiro sentimos nostalgia pois vemos aquele vestido azul de lindas flores que cabia tão bem, olhamos aquele quadro que nos foi dado de presente e por fim achamos aquele anel dourado que nos trazia um certo ar de realeza.<br />
Limpar gavetas é também limpar a alma, é deixar para trás o passado e abrir as portas para um futuro que se apresenta.<br />
Sempre temi arrumações, porque no fundo eu sabia que abrir mão do passado era um ritual de passagem muito dolorido, por diversas vezes me agarrei aos cobertores coloridos, ursos de pelúcia e cartas amareladas.<br />
O medo de jogar a poeira do que não servia tomava conta de mim ao me desfazer das velhas roupas que não cabiam mais, como historiadora por profissão e alma me agarrava aquele passado que existiu em meu faz de conta.<br />
Mas, hoje me empodero dos conhecimentos longínquos e limpo os armários, abro as janelas e brado pelo sol que se descortina no amanhã, abro mão da sensação de controle e escancaro as portas para vida, sejam bem vindos o presente e o futuro!nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-78412866473811812452017-04-04T11:36:00.002-07:002017-04-04T11:40:24.595-07:00Khronos e eu<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Todos os dias eu me levantava escova os dentes e saía quintal afora, depois de correr pelos pomares até a exaustão, seguia para banho, vestia roupa, almoçava e junto com minha linda pasta de couro preta e meu potinho rosa e branco rumava pelo calipiá na companhia de minha tia para escola.</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">No final do dia, depois de ter corrido durante todo recreio e criado mil e uma histórias, vivendo longas horas na minha cabeça, tornava a passear pelas árvores do reflorestamento voltava para minha casa. Nos finais de tarde via televisão de cabeça para baixo, me escondia entre as azaleias e outras árvores: salvava o mundo, fazia experimentos em meu laboratório, onde misturava pasta de dente, enxaguante bucal e qualquer outra coisa.</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Relembrar minhas andanças de patins na área da casa e a história do saci que se escondia no bambuzá transcende o ato mnemónico, pois ao refletir sobre minhas aventuras, sobre minha vida em um tempo nem tão longínquo, penso sobre o tempo e a liberdade.</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Notei que enquanto eu estendia roupa, pensava sobre o trabalho, a pesquisa, a produção, o mundo, a miséria, a solidão.... Não vivo mais o tempo presente, estou presa em um vórtex, viajo ou me escondo no passado e no futuro, não sou dona do meu tempo, perdi a minha soberania.</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Luto contra esse processo incessantemente e com toda força que me restou, sempre me pergunto se posso ser livre se meu tempo não é meu? Ele é do capital, ele é dos outros, ele é da produtividade, está encaixotado entre deveres, disciplinas, padrões de consumo.</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Gostaria de saber para onde foi o desejo?</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Quando foi que comecei a ser devorada pelo titã do tempo? Quando ele me mastigou e me cuspiu como criatura morta, como sombra?</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Não! Não quero e nem posso me render a violência do tempo dividido, disciplinado, que não permite ver o hoje, que não permite, nem o sonho, nem o desejo.</span><span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 12 0000pt;">Recomeço minha busca quixotesca para ser senhora do meu tempo, da minha vontade, enfim ser senhora de mim. </span></div>
nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-36339482341098466912016-05-29T14:49:00.000-07:002016-05-30T09:30:53.225-07:00De olhos bem fechados...Minha tia tinha alguns anos de estrada e uma cozinha de móveis antigos de madeira, todas as prateleiras eram recheadas por latas coloridas, potes de temperos e todos os tipos de pimenta que se possa imaginar.<br />
Como era de costume nos verões sua casa ficava cheia de gente, filhos e netos que vinham de outros lugares para comemorar as festas de fim de ano; logo sua cozinha era entulhada de gente e comida.<br />
Escrevo sobre essa cena pelo menos doze anos após seu acontecimento, então é possível que minha memória me traia, que ela reinvente essa narrativa a partir das minhas ultimas experiências.<br />
Como de costume na rua da minha casa as pessoas deixavam as portas das casas abertas, todo mundo que morava ali se conhecia a tanto tempo, fato que me deixava plenamente a vontade para passear de pijamas entre uma casa e outra.<br />
Camiseta de bloco de carnaval vermelha, calça listrada, meias e chinelos, os cabelos nunca eram penteados, então ninguém observava aquilo com espanto. Assim que me levantei fui até a casa da minha tia, ver meus primos e tomar a cervejinha matinal e um licorzinho, afinal era fim de ano. As panelas batiam, a família falava alto, um entrava e outro saia, enfim acabei reclamando de meu coração partido. Minha tia dona de uma cozinha que mais parecia um laboratório de alquimia levantou os olhos por cima dos óculos e disse:<br />
- Não existe apenas um amor, outro irá bater a sua porta!<br />
Confesso honestamente que pensei em maldizer, queria que ela fosse as favas, o que sabia ela, dos meus três anos ao lado de alguém e das borboletas que meu estômago tinha constantemente, que poderia saber sobre minha infinita solidão naquele natal em que não presentearia e nem seria presenteada? Ela não sabia as cores que cresciam dentro de mim, ela nem sabia que tudo que eu desejava era retornar e não ir em frente.<br />
Quatro anos de faculdade, muitas viagens e aquele sentimento foi ficando pequeno, enfim sumiu, queria andar correr em outra direção e só minha tia conhecedora dos temperos, das tintas e telas é quem tinha razão.....<br />
Chovia tanto naquela sexta-feira que não dava para enxergar os postes do outro lado da rua, o diluvio derrubava metade da cidade com trovoadas, mas nós o enfrentaríamos com bravura e bastante bebida.<br />
Músicas do Milton Nascimento, fumaça de cigarro, chuva e filosofia, sabíamos tudo sobre o mundo.<br />
É engraçado que me lembro da posição que as pessoas ocupavam na varanda de uma amiga, lembro que a chuva enfim cessou que eu descia as escadas úmidas para que minha noite encontrasse seu fim provisório, então fechei os olhos...<br />
Não vi as escadas, mas sentia as extremidades do meu corpo formigarem, sentia cada fagulha que explodia naquele quintal, sentia o calor e umidade do ar, mas sequer consegui vislumbrar os braços que me enlaçaram; finalmente escutei as batidas na porta.<br />
Não saberia contar em ordem cronológica o que se seguiu durante três anos, a história se ramificou, criou caminhos, não seguiu linear, foi indo feito passarinhos que voavam de um lado para o outro, daqueles que brincam no céu.<br />
Não sei ainda consigo ver alguma coisa quando me aninho, quando me pacifico ali, não preciso olhar, confio, abri a porta de olhos fechados.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-17492878928907743382015-05-29T17:07:00.000-07:002015-05-29T17:07:01.938-07:00Buena VistaComo um personagem de filme antigo, chego em minha casa com um casaco negro e pesado de inverno. Observo o céu nublado que esconde os fios de luz da lua.<br />
Sirvo uma dose generosa de wisky em um copo bonito dos tempos de casamento da minha mãe. Sem nenhuma pedra de gelo sorvo aquele liquido em pequenos goles. A música para acompanhar o fim de mais um dia não seria outra se não aquela música, seria um bolero? Sei que ela é cubana.<br />
Desenho uma longa cena do cinema em minha cabeça. Protagonizo um filme de uma mulher triste exausta.<br />
A voz de Efrain canta mansa uma melodia triste em uma língua que conheço pouco. A realidade é que a cena não é muito glamourosa, pois estou sentada em uma cadeira velha de metal, escrevo sobre a pia da cozinha.<br />
Não existe batom em meus lábios, nem alguém que chegará repentinamente para falar sobre as dores e os medos que me atormentam.<br />
Na companhia dos cães que se aninham no tapete em frente a geladeira, tento digerir mais um dia, mais uma semana, mais uma dor e mais um fio de esperança.<br />
Outro gole, de cotovelos pousados na pia de metal. A ultima olhadinha nos rascunhos que serão publicados para ninguém ler. Outra olhada furtiva pela janela, o jornal da noite atrapalha a orquestra cubana. A cachorrinha espreguiça. Escrevo meia duzia de coisas. Mais um pequeno descanso, a cabeça encosta nos braços, me arrepio, penso nas cenas tristes no decorrer da semana, penso nas boas coisas.<br />
Encerro mais alguns dias.<br />
Faço alguns planos de morar em outro estado, em outro país. Penso em me aventurar e mudar o mundo e encerro um texto trivial com mais uma pequena dose, mais um sonho, uma outra canção.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-17618067131842287172015-04-10T18:44:00.003-07:002016-05-29T14:49:40.144-07:00A saudade não marca horaA verdade seja dita mesmo que por aqui, eu nunca me lembro de você nos dias certos.<br />
Saudades não marcam as horas, os dias e meses para aparecerem, elas são sentimentos repentinos muito bem acompanhados daquelas lembranças.<br />
Nos dias dezessete de cada mês eu nunca consigo me lembrar, mas me recordo todos os dias de alguma história triste, engraçada ou comovente.<br />
Seria impossível lembrar de data ou hora, programar saudades nunca!<br />
Você sempre aparece nas horas de uma boa festa, de uma mesa farta, de um brinde, de um amor.<br />
Nunca consegui agendar meu amor e com meu maior, mais confuso e dolorido amor diferença não haveria.<br />
Pois amores como o seu não se programam, não se marcam na agenda, muito menos se faz data comemorativa, amor assim vive em cada pedaço, em cada célula, amor assim como apenas o seu sabe ser, esses percorrem uma existência nada linear, esse amor ocupa cada dimensão do viver.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-61329135328815959492014-11-14T08:47:00.000-08:002014-11-14T08:48:25.011-08:00O coração com trilha sonora<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Alguém
me disse que o amor sem trilha sonora de nada vale. Mas, acho que o amor sem trilha sonora seria menos dolorido
nas ausências que nos trazem por aí.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estou olhando os discos nas paredes do quarto e pensando
o que eu farei com eles. Assim como eu penso o que será feito de todos os
papeis de doces, os desenhos, os bilhetes, os livros e aquilo que é trocado. O
que se faz com os cobertores?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O amor não deveria ter trilha sonora. Ele deveria ter
apenas canções de felicidade, não aquelas de medo, não aquelas de saudades, de
fato são belas, mas são tão doloridas. Elas apenas inspiram a escrever aos
desconhecidos sobre uma dor que se faz companheira. Você realmente desejaria
que alguém viesse curar suas feridas, imagina o quanto seria lindo se ele
estivesse ali de cabelos umedecidos com os braços bem abertos para acolher nos
longos braços seu corpo dolorido da viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quantas vezes você irá olhar para desconhecidos e chorar,
quantas vezes você irá disfarçar a dor, quantas trilhas sonoras serão
necessárias para doer mais ainda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas amor para ser amor deve ser dolorido regado pelo
álcool e com aquela trilha sonora, da primeira noite de blues juntos, do primeiro
beijo na beira da escada?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E me entrego a minha trilha sonora, pedindo para você
voltar, recolhendo os cacos do que me resta, imaginado acordos que criariam a
paz até mesmo no Oriente Médio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O amor não deveria ter trilha sonora, abriria uma exceção
para ter trilha sonora de quando seus longos dedos entrem pelos meus cabelos,
aí nas noites de amar o amor deveria ter trilha sonora.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-20550010192755462512014-02-14T13:23:00.001-08:002014-02-14T13:49:09.578-08:00casaNa vitrola está rolando aquele som de quando os dez anos eram presentes... Aquele som que o irmão mais velho vem mostrar, dizer ouve isso aí que é uma coisa que vale a pena.<br />
Se revirar os guarda-roupas nem fotos, nem nada, mas muito daqueles brinquedos dos dez anos ou menos. Aquele cachorro sniff-sniff que era sucesso entre dez e dez garotas aos dez anos. Os cães já não são mais os mesmos, nada da Diana do Boca Livre com suas manchas e seu olhar de passado. Ali naquele quintal vazio fica apenas uma reforma pela metade, uma chuva esperada junto as guimbas de cigarros, junto a uma ausência nunca compensada.<br />
Nessa casa que um dia foi lar, nada de primos ou aparelho de som na sala que tocava o doce Chocolate, nada de tardes de domingos e piscina de quintal armada.<br />
Nessa casa sem vós para pentear cabelos e falar sobre o bairro da Estiva, nada de tios para falar sobre o Rio de Janeiro, nem mesmo um passo firme para corromper e dar canivetes.<br />
Hoje os mineiros cantam em uma casa vazia de vida, vazia de gente. Hoje a poesia encontra um vácuo.<br />
Não se encontra hoje o consolo de um berro, de um grito, apenas um silêncio incômodo. Não resta apelido algum, coração algum, sobra hoje um remedo de alegria. Junta-se hoje a alegria um riso sem graça hora triste, hora vago. Não se corre mais na lotérica, não se corre no quarto, não se empurra carro.<br />
Nessa casa ninguém ouve o chinelo arrastando, nem mesmo sente-se o cheiro de mato, nem os cavalos andam atrás de uma sombra envelhecida.<br />
Essa é uma casa de lembranças, gente que não ficou e gente que teve que ficar, casa de cômodos vazios e gente solitária que se une e se separa.<br />
<br />nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-28442953863544842002014-01-31T14:01:00.001-08:002014-01-31T14:01:27.484-08:00Eu e as ConjunçõesAdquiri um hábito durante a graduação, de reler tudo aquilo que foi escrito um tempo depois, de um hábito cientifico, tornou-se uma mania, um sentimentalismo. Aquelas coisas que eu faço quando não tenho muito para fazer e muito a pensar. Revendo esse blog com todas as minucias de crueldade notei o quanto meus textos são pautados de conjunções adversativas, cheio de pausas. Fiz uma busca muito pequena em meus devaneios e descobri que sou lotada de "contudos" porque aqui dentro tudo reina como uma balburdia.<br />
Tomei decisões cheia de certeza, PORÉM, na mesma academia em que apreendi a revisitar meus pensamentos de forma crítica, também entendi que somos contradições que andam, falam e amam.<br />
Ainda não consigo conceber essa ideia que me parece um bichinho incomodo e, quando olho aquelas letras que juntei em um espaço, em tempo ainda não entendo como meu coração se fez, ou mesmo se refez. Tento interpretar um passado que me foi caro, como aos 18, aos 21 para um breve salto aos 27 ou mesmo aos 26 tomei caminhos que hoje não reconheço. Mesmo que eu tivesse medo, gritasse coragem, lá estavam as conjunções me oferecendo as mãos para darmos um passeio.<br />
Ainda em meio liquidez parafraseando um certo autor, revejo e percebo uma constante na qual me perdi, da qual voltei faz tão pouco tempo e cá entre nós apenas voltei porque aquele que me guardava as incertezas hoje não pode mais me deixar caminhar pelo meu desconhecido campo, mundo aquele com o qual eu me comunicava apenas quando "sim", insistia em transformar-se "mas".nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-39956639495456034972014-01-22T04:58:00.001-08:002014-01-22T04:59:03.442-08:00sobre passado saudoso, idealizado e junto aos melhores amigos...Eu passei uma manhã, uma tarde e uma noite olhando fotografias de um tempo passado, sempre me sentindo saudosa. Então achei de bom tom comprar uma garrafa de vinho branco e ouvir Bethânia olhando para os bichos no quintal, meu vizinho dedilhava ao piano Gardel.<br />
Não comprei o vinho, já que afinal de contas eu nem gosto assim de vinho, pensei então em uma cerveja bem gelada com a mesma música, entretanto uma boa companhia cairia bem, nós poderíamos falar sobre a vida, filosofia, as novas formas de humor e último quadrinho do Batman, que cá entre nós é alucinante.<br />
nem um nem outro preferi me esconder em meu quarto e fantasiar vendo alguns filmes.<br />
Acredito que tenha percorrido muitos caminhos difíceis, mas nenhum deles é como agora e mais não sei se estou fazendo as coisas certas, já que tenho dias de profunda tristeza que não consigo explicar muito menos disfarçar, é como se alguma coisa dentro de mim dissesse que tudo vai ficar bem, mas eu por mais que corra não chego a nada.<br />
Essa deveria ser uma carta escrita a punho, postada para que você cheia de emoção e saudades lesse, me respondesse, para dizer que tudo vai ficar bem que eu devo me reerguer.<br />
Lembrei das inúmeras prozas de bar, das tentativas de parar de fumar, de mudar de vida, de viajar, dos dias em que você me vestiu e me aprontou e me mandou viver, me disse que eu deveria ser mais sensível, ler mais e praticar mais esportes.<br />
Pois é, ainda não consigo fazer muitas coisas, ainda fico preocupada com aqueles ao meu redor, mas ainda torno tudo difícil por temer que me vejam.<br />
Acho que não sei passar batom ainda, nem combinar roupas, nem ter uma tarde olhando o céu de bobeira, acredito que isso iria me matar de medo.<br />
Sinto tanto sua falta, queria tanto poder entrar naquele ônibus e ver alguns bons filmes e bater uns retratos aqui acolá, porque ainda não compreendo meu caminho. Me sinto tão solitária, tão sem chão. Desejo profundamente conversar com você, sair para discutir a fome, o feminismo, as relações humanas e as saudades, até a chata da Magalhães eu tenho ouvido só para me lembrar de como as coisas eram de como sobreviver a vida que tem me dado tanto pavor, tanto susto.<br />
Deixo me abraço terno e um sentimento de imensas saudades daquele passado recente que idealizei, sobre os sonhos de felicidade e sucesso que compartilhamos, bons amigos, boa vida. Também deixo o desejo de voltar, quem sabe nós bateríamos papo e você conhecesse o moço com quem me permito ser doce e dormir tranquilamente.<br />
Espero poder não só sobreviver, mas também viver novamente, ter planos para um dia que virá, que um dia a gente se visite para dividir o bom e ruim.<br />
<br />nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-32388103554897546752014-01-04T20:32:00.002-08:002014-01-04T20:32:55.040-08:00Jovem ainda?Existem alguns sinais de que você envelheceu, dentre eles estão os seguintes: os filmes os quais acompanhou o lançamento passam cotidianamente na TV, você pensa em ir a lugares onde possa sentar, guarda dinheiro para ir a um bom médico, vai ao supermercado com frequência, tem contas em diversos bancos ( preocupa-se com cheque especial, cartão empréstimos). Contudo o maior e mais assustador de todos os sinais é a mudança de papel que você irá dramatizar, quando o papel cuidado deixa de ser coadjuvante para que você assuma o papel principal aquele de quem cuida.<br />
Existem poucas coisas que encantem mais uma menina de sete ou oito anos do que seu pai, ou melhor o que a figura paterna será durante uma certa estada ou quem sabe por toda sua existência. É ali, justamente naquele espaço entre dos braços que reside toda a segurança que busca, ela irá te proteger das quedas de bicicleta, dos primeiros beijos, das primeiras decepções afetivas, das primeiras escolhas, dos primeiros empregos. É apenas ali naquele pequeno território que irá residir toda compreensão.<br />
Hoje depois de algum tempo, ainda tento me lembrar de como me desgarrei daquele espaço, acredito que foi um processo lento, como o cozimento de um doce, que me afastou daquele espaço. Mas ainda sinto como e quando isso aconteceu de forma drástica. Eu comecei dormindo sem avisar, depois comprei cigarros, algum tempo depois dormia fora, pintei cabelos e unhas e quando me dei por mim... tomava café de forma adulta, tomava ônibus e nem sequer pedia para ser espera.<br />
Fui abandonando gradativamente as pequenas flores de cabelo ( que hoje só ocupam espaço nas gavetas) arrumei minha cama, voltei mais cedo para casa e conscientemente tentei abandonar alguns pequenos sonhos.<br />
De um dia de sol fiz um chuvoso, não era permitido chorar, muito menos espernear, não era permitido ver desenhos do Xerife Pepe Legal, não era permitido não cumprir obrigações na preguiça do dia.<br />
De uns meses para cá assumi o papel de quem esconde cabelos brancos e rugas aqui ali. Depois de umas semanas para cá nem nada de bobagens e discussões, de uns dias para cá, nada dessa besteira de chorar ou de rir. Em um dia abandonei os dentes levemente separados os calcanhares finos, os pequenos brinquedos, e as visitas na padaria.<br />
Um dia cá outro para lá... assim que se faz gente grande, para ler jornais sérios, pagar contas, fazer diplomacia, cuidar de quem passa, assim se faz gente grande quando se deixa de comemorar aniversáio com bolo. Assim se faz quem vai crescer.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-17986319190599417602013-12-31T08:26:00.002-08:002014-01-03T05:23:14.838-08:00Para meu querido neto...Eu nem sei ainda como será seu rosto, mas já passei muitos instantes imaginado, se você terá olhos verdes como os da sua vó e furinho no queixo como seu avô, espero que tenha perseverança e muita força como ele. Já que falamos sobre esse assunto, por um acaso, por uma força maior, seu querido avô resolveu passear em outros caminhos, mas como sua tia é historiadora ela jamais se furtaria de narrar sobre aquele senhor barbudo que caminhou por aqui. Ouso até escrever uma carta como se fosse dele para você meu pequeno.<br />
"Querido Eduardo, opa Dudu, meu neto. Seu avô tem uma larga experiencia e uma vida muito diversificada, portanto posso deixar alguns recados.<br />
A vida é repleta de escolhas ( tive essa conversa com todos meus filhos, com meus netos não seria diferente) você deve sempre optar pelo que é justo e bom, não só para você mas para todos que ama, até para os que não conhece. Lute por tudo que acredita, ainda que muita gente vá olhar sem compreensão, não desista de nada, estude muito, mas aquilo que ama, seu ofício deve ser sua paixão e para ser bem feito só com muito afeto.<br />
Esteja em comunhão com todos que você ama, mude se for necessário, reveja sua vida, demonstre carinho. Aprenda a comer x-salada com Choco Milk, aprenda também a nadar em rios, comer croquete (receita da sua bisa), abrace muito sua vó, ela fará todas as suas vontades."<br />
Ele assim como seus pais iria te dizer que ajudar e ter integridade é algo importante, ele te daria muitos livros, iria dizer que a educação é a maior e melhor herança, que Chico Buarque é o melhor compositor do mundo que Bethânia canta com a voz de Deus, Fernando Pessoa é o maior poeta de todos os tempos.<br />
Ele iria colocar você no banco de trás do carro para você conhecer os boêmios, intelectuais, trabalhadores e diria que todos eles tem um valor imenso, falaria sobre a importância da politica e do debate.<br />
Se algum dia você ficasse chateado sairia dar uma volta em um fim de tarde na cidade para te dar um conselho e com ele você sempre poderia contar. Ele diria que comprar livros não é gasto e sim investimento que sempre temos que ser melhores, mais criativos, mais humanos e que a beleza da vida deve ser celebrada... ele também iria colocar você no colo e reclamar do peso, você teria feito jogos da loteria e assistido filmes de ação, ele sempre indicaria livros, programas de televisão e canções novas. Assim como fez com todos nós, inclusive com a vida de uma pacata cidadezinha do interior, ele faria diferente, só porque ser diferente é importante e mais importante que tudo é seguir o próprio caminho e enfrentar as batalhas por nós mesmos e por quem caminha conosco.<br />
Esse seria a sua melhor e mais amada referencia, ou melhor, é sua referencia de quem nunca esteve no mundo assim desavisado, mas que veio para sacudir e arrebatar, a alma artística que ele te deixa de herança.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-53869214450250239532013-11-15T15:40:00.001-08:002014-01-03T05:24:36.795-08:00as mentiras dos temposMeu querido primeiro eu quero te desejar uma boa noite, de sonhos de tranquilidade, sem dores, sem pesadelos.<br />
Depois que eu te deseje uma longa noite nos braços de Morfeu (para não ser repetitiva), queria muito dizer sobre o que sinto e sobre o que penso.<br />
Mesmo que pareça bobagem, mesmo que seja muito batido e rebatido, mais do que clichê, pensei sobre a vida, na verdade me fiei na passagem dela.<br />
Notei que eu nunca havia atentado para o sabor das coisas, certas coisas ardem, outras adoçam, nunca imaginei cheirar coisas com vontade, apenas cheirava, hoje noto a suma importância dos cheiros nos acontecimentos. Eu jamais entenderia a maravilha da minha infância sem cheiro de Choco Milk, groselha e guarda-chuva de chocolate.<br />
Outro sentido importante é o tato, e se não eu soubesse da sua mão grosseira de gente grande para passear por aí?<br />
Meu querido como deixei passar tudo isso de maneira indolente, irresponsável ? <br />
Quer dizer então que um dia eu deixei tudo de lado?<br />
Então fiz uma retrospectiva silenciosa.Eu nasci, me registraram com essa graça, não contentes em me deixar exposta aos civis fui fazer parte da sociedade religiosa para ser moralmente respeitada. aí fui me educar, para aprender a ler aprender, apreender e bláblá. Fui trabalhar, ganhar dinheiro, cumprir, gastar, consumir.<br />
Mas, meu querido seja sincero como você sempre foi, aquela coisa de nos olharmos e sabermos. Quando foi que a vida passou pelas janelas das casas em que eu sobrevivi e não vivi?<br />
Passei uma tarde pensando, uma vida e ainda não entendi.<br />
Quando foi que deixamos de nos aproximar mesmo que para discordar?<br />
Deixamos a vida se reproduzir de maneira mecânica e matemática, hoje quando tempo não parece infinito e sabemos que seus braços e abraços são findos, meu olhar sobre seu pequeno corpo de monge tibetano, agora prefere notar seu cheirinho, suas mãos ainda grosseiras e falar sobre coisas e mentiras que apenas nós dizemos um para o outro.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-91558348578687692942013-11-12T18:19:00.001-08:002013-11-13T14:37:11.188-08:00Um minutoEu costumo olhar pelas grades da janela do quarto, ver a mesma rua, a mesma vizinhança todos os dias pelos losangos que me protegem e me impedem de atravessar a vizinhança, o bairro, o mundo.<br />
Um minuto de coragem é o que me falta para arrancar o que não me permite transpor a caixa em que me enquadro, onde me prendo, um minuto de coragem para mudar.<br />
Quebrar as regras que se impõe pele retângulo feito para olhar e ser olhado com segurança.<br />
E por mais clichê que isso possa parecer a vida passa tão depressa, que não cabe no espaço de uma canção, um dia eu posso piscar ou nem mais abrir os olhos para a vizinhança que acompanhou o crescimento, a rebeldia de butique, o diploma, a vida assalariada.<br />
Eu poderia ter menos de um minuto de coragem para não deixar nada escapar. As rugas dele e dela que tentam transitar por uma existência ainda me parecem distantes, foram sessenta anos de caminhada, vinte e sete almejando por sonhos através das grades que podem sumir dali ou ficar por aí para garantir que medo não só se avizinhe, mas que ele permaneça.<br />
Um minuto para correr da vizinhança, da doença, um minuto para correr em direção a ela, e dizer que eu vou viver.<br />
Nesse momento penso nas rugas da testa, dos óculos e da camisa fechada, no barulho das panelas e na vizinhança que acompanha tudo através da grades verdes dispostas a anos. Um cigarro fumado na madrugada, uma lágrima reprimida, uma esperança fujona e a necessidade de um minuto de coragem para falar sobre a saudade, para dar aquele telefonema, um minuto que agora parece tão pouco, que não permite que a canção termine, um minuto do qual vou sentir falta.<br />
Como da primeira vez que se vê o oceano um minuto que se basta, uma poesia ruim, para não estrangular o mundo que se avizinha o tempo que finda.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-34175151142666566592013-11-09T06:11:00.000-08:002013-11-09T06:11:19.707-08:00Hoje desejo ser poeta, pois esses seres que pelo mundo passam deixam uma obra de beleza, apenas eles sabem sobre a beleza das coisas.<br />
Desejo de todo coração escrever versos, um poeta olha uma cortina balançando ao vento e enxerga a saia de sua amada a rodar no samba, um poeta veria o azul do céu nesse dia esplendoroso e conseguiria deixa r esse azul ainda mais doce. Falta me faz ser poeta, eles bebem com classe, fuma cm charme, conseguem transformar o disforme em forma de amor.<br />
Lamento por não ser poeta, pois se eu fosse, escreveria um poema sobre o verde peculiar dos olhos ainda renascendo de uma noite de uma longa noite de sono, porque se eu falasse em estrofes sobre os desenhos, que consigo ver m todos os lugares quando encontro certo aconchego que nem o cobertor da infância traria.<br />
Se eu fosse como o Vinicius eu escreveria um soneto para você, mas me falta o talento do Neruda para falar de sentimentos. Eu sei sentir, mas não como os poetas, porque se eu soubesse você ia ver só....<br />
Seus olhos de preguiça e de ressaca como os de Capitu seriam os felizes proprietários dos versos mais bonitos.<br />
Como não sou poeta, mas sou larapia furtei para o colo mais gostoso da galaxia, muitos poemas e uma meia duzia de canções de todas as culturas, quem sabe se eu fosse pintora saberia também poderia pincelar sobre aquilo ou aquele, sabe aquele, você sabe não é?<br />
Como me faltam uma meia duzia de palavras ou mais nessa prosa mal escrita... achei de bom tom roubar um verso...<br />
verso que fica em segredo para ser entregue me papel as escondidas.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-11135536307942715712013-10-21T15:09:00.004-07:002013-10-21T15:10:16.437-07:00ausência de titulo Certas coisas nos perseguem, parece que certas dores ou tropeções fazem parte da nossa existência, mas você só reconhecerá essa dor quando ela bater a sua porta pela terceira vez.<br />
Em uma tarde ouvi pela primeira vez a noticia, ela doeu, mas ainda eu a suportaria, ela se desfez e depois se prolongou até encontrar a pior manhã de janeiro, ainda meio fria. Mais um pouco antes esse mal agouro ressurgiu, durou um breve tempo e mais uma vez alcançou seu cume e levou aquilo que eu amava, um pouco antes do janeiro, depois ela se vestiu de revolta com Deus, com os sistema, uma inconformidade e depois vazio e depois o tempo.<br />
Entretanto, os carmas não te abandonam, os destinos se que eles existem. A felicidade que parecia cálida, tentou se assentar, agosto termina e setembro vem vindo manso com manchete se repetindo. Mais uma vez me encontro assombrada.<br />
Em conflito constante me sentindo uma grande egoísta, por não suportar ver aquele que tanto amo deixar de existir lentamente, não apenas o físico esse resiste, mas a figura de devoção se vai todos os dias um pouco. Não escuto mais a gravidade da voz, nem mesmo a garra, os palavrões os rompantes cheios de paixão esses me deixam a acada refeição e manhã um pouquinho mais solitária.<br />
Tantas vezes me perguntei se suportaria?<br />
A resposta é clara a cada dia que não vejo aquilo que me fez, deixo também de existir, os interesses, aquilo que foi construído com tanto cuidado quando visitamos a padaria e sentávamos no balcão isso está me deixando a cada quilo que some do seu rosto, a cada sentimento que não reconheço.<br />
Sim, eu sou uma grande egoísta que sente tão sozinha por não poder ver mais certos brios e brilhos na figura tão cuidadosamente construída por meus olhos. Meu coração se parte e vai embora para não voltar, quando não vejo mais o que me fez seguir.<br />
Não vejo mais graça em ouvir Chico nem Zé Ramalho e daqui uns dias nenhuma canção nem mesmo a mais bonita da Maysa, que diz assim:<br />
" Oh tristeza me desculpe estou de malas prontas, hoje a poesia veio ao meu encontro... vamos viajar"<br />
Eu arrumei as malas para partir para longe dela, mas acabei ficando e hoje o lamento que eu queria abandonar se faz presente como minha companhia por perder a cada nascer do dia aquilo que me fez.<br />
Lamento profundamente por pensar assim, de fato eu desejo a redenção e a cura de um corpo doente e ainda que eu não veja mais você nos meus olhos nem me veja nos seus desejo que encarecidamente que fique, para eu poder segurar a mão que me fez atravessar avenidas.<br />
Não enxergo no mundo algo mais cruel do que perder aquilo que mais se ama.<br />
me despeço sem querer me lamentar, cuspindo no sistema que te condena a uma espera injusta, dolorida, me despeço dizendo não existe nada em galaxia alguma que me tire dessa briga por você... que até os confins eu iria e eu vou.<br />
Deixo um beijo cheio de ternura dizendo que eu sinta saudades de você vou fazer você ficar.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-39949724993845293962013-10-20T13:16:00.000-07:002013-10-20T13:16:26.592-07:00Breve relato sem sentidoEu ganho chocolate de madrugada, um privilégio de poucos, quem é que ganha chocolates assim sem datas?<br />
Fora o fato de sempre existir uma mão para apertar a minha e não é qualquer mão, são aquelas de dedos bem longos, bem branquinhos.<br />
A quase meia duzia de meses eu durmo no escuro, pois não tenho nada a temer, lá estão os braços longos que não permitem que os filmes e fantasmas me aterrorizem, posso fechar os olhos com a tranquilidade de encontrar aquele esverdeado dos olhos, muitas vezes bem inchados e mal humorados.<br />
Eu posso sair tomar sorvete e cerveja no sábado a noite, ver um filme dormir ou beber com todo mundo e com você que fez até uma forcinha para comer peixe cru.<br />
No domingo que se arrastou, senti aquele cheiro, cheirou de você, economizei o cheiro para poder cheirar antes de dormir. Mostrei a gaveta onde escondo os chocolates, sempre tomamos sorvete de morango, pois tem que existir um azedinho.<br />
Você prefere gatos e eu cachorros (mas gosto muito de gatos) aqui em casa tem os dois, você é arte e eu política.<br />
Tequilas, bandas, comidas, cervejas e dar risada e ainda ganho, beijos, os quadrinhos mais e companhia, poxa sou uma sortuda!! é bom mesmo sorrir, devorar suas covinhas com sorriso....<br />
E ainda ganho chocolate de madrugada!!!<br />
É essa quase meia duzia de meses está me fazendo um bem danado, eu bem que poderia fazer uma lista... mas prefiro fazer um relato sem sentido para aquilo que tem muito sentido.<br />
<br />nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-84309595593271459872013-09-17T20:54:00.002-07:002013-09-17T20:54:17.190-07:00TemposÉ esse são tempos difíceis meu bem, são tempos de dores, ninguém propõe amor em tempos de grandes guerras, você me propôs companheirismo quando as adversidades eram a escolha de bar, a posição da cama ou lugar para jantar, mas esse meu querido são tempos de lamurias e ainda assim você ficou.<br />
Para quem sempre desejou a verdade, eu me lamento sobre a verdade, eu preferia não saber, seguir minha vida de cotidianos e pequenos aborrecimentos, de almoços curtos, brigas logas, palavrões prolongados.<br />
É meu bem a vida mudou assim que eu pestanejei... nem deu tempo para suspirar e tudo aquilo que me fiava foi findando.<br />
Hoje meu docinho as coisas são diferentes, nesses dias não saio na madrugada, não como carne, não sonho com bobagens, nesses dias que se seguem penso em coisa séria, escondo os cabelos brancos, choro miúdo, meu anjo porque aqui nada mais é assim.<br />
Aqui os tempos são de dores e esperanças, nada aqui tem palavrões gritados, ao contrário tem cães correndo em silencio. Tem chinelos arrastando atrás de esperança.<br />
Esses são tempos de força meu caro, tempos em que todo mundo almeja por uma coisa só. Tempos de acreditar e desejar do fundo do coração.<br />
Agora o tempo de chorar se foi meu amor, agora é tempo se esperar, de pensar em fé.Os acontecimentos resolveram mudar o rumos das estações lá fora, que hora chove, hora abre um sol tímido.<br />
A meu amor o que eu diria para você aos soluços é que desejaria que esse tempo nunca chegasse a tempo.<br />
E agora explicaria que esse lugar ficou bem vazio, sem a gritaria, sem as piadas rabugentas.<br />
Eu poderia dizer que nada permaneceu onde estava ( que nem acho isso ruim) mas, as nuvens mudaram de lugar.<br />
Se você sentasse na mesa do bar eu iria rir, gritar muito, chorar mais um bocado, pois a época é de batalha. Devo dizer meu afeto, que essa é era da conquista, de algo maior, que eu dormi e nem sequer senti quando tive calçar as botas e ir lutar.<br />
Esses meu amor são tempos de matar oponentes e beijar aliados.<br />
Nada tenho a dizer, mas esses são tempo, essa é a época, esse é o milênio de viver para não deixar nem fresta nem rusga, esses são tempos de viver.<br />
nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-22291459976678672942013-08-24T17:37:00.001-07:002013-08-24T17:37:36.616-07:00agenteE aqui ao som da cerveja, ao gosto do Alceu, criei um um pronome, afinal se eu fosse explicar o que eu sinto, não caberia nem na primeira nem nem na segunda, caberia no meu pronome.<br />
Eu já escrevi sobre pessoas, e falava especificamente sobre elas... mas para você cabe mais.... e não é só porque você é uma gracinha... todo mundo sabe que você é doce, mas ninguém sabe quanto.<br />
Então se eu fosse falar de você eu tenho mesmo que criar um pronome, porque não digo sobre você separado, imagine que sem graça seria dizer sobre sua brancura sem minha cor. Não teria a minima audiência a sua carinha de bom moço sem mim.<br />
Então o pronome mais do que pessoal é: " a gente", porque a nós somos o que faz as coisas criarem gosto. e se eu disser que somos parecidos, estarei contando uma grande lorota, a gente é diferente, é isso que torna tudo isso bom. Sempre fico imaginado a vida com alguém assim, assim, putz!!! morri de tédio.<br />
sabe porque o pronome persiste porque entre nós existe um abismo de gente diferente, e é isso que faz de "nós "a gente" nós é muito sem graça eu posso ser nós com qualquer um, mas com você eu posso ser a gente. Ali eu divido leite, ovos, chocolate e manteiga, é quase um bolo, mas gente , a gente é muito melhor.<br />
Por a gente compartilha, a gente faz acontecer com ou sem tequila, pois nós dividimos anseios.<br />
A gente funciona pois você come carne, toma cerveja, fuma um cigarro para relaxar. agente funciona, porque eu durmo antes e você bastante. A gente como agente funciona porque o os gatos dormem em nossos pés, a gente funciona porque temos amigos, porque compartilha de profissão é demais, mas nunca de pesquisa, a gente funciona pois é uma delicia, já que você cheira limpeza e casa de mãe enquanto eu cheiro suco de manga.<br />
E se eu fosse criar uma língua acho que começaria pela gente, porque a gente tem cara e tem cor, por que a gente tem cheiro, tem gosto, porque a gente não deixa passar, por que a gente só existe se for a gente.<br />
<br />nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-67658299088501632682013-06-02T15:50:00.000-07:002013-06-02T15:50:05.916-07:00Plano BA palavra de ordem sempre é a coragem, eu nem sei bem, mas acho que ela vêm disputando espaço com a covardia, pois falhar, dar com os burros n'água é bem frustrante, a cada vez que uma nova oportunidade surge, uma série de planos são traçados, e todo mundo fica imaginando, como vai ser, o cheiro, os trajes, os sabores, os sons, tudo então é idealizado, mas como nem tudo é assim, o plano ideal vai ficando de lado e o que resta é o real.<br />
A verdade é que fracassar te deixa devastado por um bom tempo, enquanto você cata os cacos do que poderia ter sido, não consegue entender o Porquê? sempre vem alguém que vai dizer que tudo tem uma razão de ser, que você fez o que deveria ser feito, que a lição é algo importante, mas a grande verdade aquela que ninguém admite, é que você vai levantar, bater a poeira, dizer que está tudo bem, que não foi nada (como quando você tropeça na rua, morre de vergonha e diz para alma caridosa que te estendeu a mão, não foi nada) lá dentro do seu coração você cria um certo receio.<br />
Ninguém quer ficar desolado, ninguém quer jogar os planos fora, pela janela.<br />
Todo mundo quer conseguir chegar ao cume e por isso se debate, rebola, requebra.<br />
Hoje meu peito que se faz de corajoso, está receoso, com medo do porvir... <br />
Como será se reconstruir? Qual será a alternativa? <br />
Mas, essas são cenas dos proxímos capítulos.<br />
nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-52761955160609673062013-05-15T11:36:00.003-07:002013-05-15T13:44:16.030-07:00Sobre tempo e as distâncias pecorridasEu cometo ousadias, gosto delas.. a ousadia da vez é falar sobre o tempo<br />
Já notei faz um tempo, que o tempo me enlouquece, quando saio de madrugada para o trabalho, vejo a lua, imagino como irei vencer aquele dia, quando eu nem me dei conta a lua está lá novamente e eu nem senti os acontecimentos.<br />
Amanhecer em uma cidade e anoitecer em outra, sempre reflito sobre isso, sobre como a distância encurta os tempos, sobre como em um dia as coisas viram do avesso e nada existirá a não ser a memória para ser compartilhada. <br />
Quando eu estava nos primeiros aninhos de estudo sempre me imaginava como uma veterinaria que iria cuidar, viajar conhecer animais exóticos na ilha de Galapagos ou qualquer outro lugar, chegaria bem pertinho de um Dragão de Komodo e teria muitos cavalos em um sítio, seria uma grande amazona. Quando não muito tempo passou, os planos mudaram, a vida mudou, aí eu já me imaginava viajando o mundo como arqueóloga e historiadora, seria uma doutora renomada, escreveria muitos livros, revolucionaria o mundo assim, assim o tempo se foi.<br />
Hoje ainda não sou doutora, mas historiadora, reflito sobre o tempo, a soicedade, pego a estrada para uma pequena cidade que tem appenas 4.000 habitantes. Ainda quero revolucionar o mundo, ainda quero escrever muitos livros e devorar outros.<br />
Contudo o retrocesso feito junto a minha memória é mais curto, faz um ano... uns meses, na verdade ele ainda está no tempo presente. Um dia eu pisquei e tomava o ônibus, já voltava de Minas Gerais, quando saltei em São Paulo e já sabia que aquilo iria ficar para trás, mesmo que eu não acreditasse, outro dia pisquei novamente estava em outro lugar e em outros lençois, vivendo uma outra história, sem nem perceber dessa vez fechei os olhos e ali eu fiquei, por um quase 270 dias, eu fui Bossa Nova, sem me preocupar com os males, do mundo apenas com meu coração, apenas com quem compratilhava meus jantares. Durante esse tempo que calculado em meses nada significa, mas que somam 6480 horas eu sorri para meus amigos, comi bolinhos, comprei flores, cozinhei, ri e compartilhei tanto, muito afeto, muitos risos, algumas milhares de cervejas, cochilos, viagens, bancos, blusas.<br />
Duarante 9331200 minutos flutuei, fui feliz, tinha os programas mais deliciosos de domingo, meus amigos de longa data sempre juntos a mim para poder cuidar a uma distância de 244 Km eu poderia sorrir mais, esses aproxidamente 1952 Km pecorridos em espaço de tempo tão curto essas 72 horas de ansiedade para chegar a hora de ter as malas carregadas em direção a alegria ao que julgava ser pisar em grama verde.<br />
Hoje me lembro que apenas pisquei, mudou de novo, o tempo virou, hoje caminho em outra direção, peço para o tempo voltar ou avançar para eu poder ficar na direção certa, para não precisar me perder no tempo e na memória para acontecer de novo, melhor, mais feliz e para poder ser sempre tempo presente e não passado, para não correr na virada de um ampulheta, no tempo do relógio, no piscar de olhos, para mudar e teletransportar para o presente aquilo ou aquele que me deixa feliz.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-86754820269738100762013-05-07T14:13:00.001-07:002013-05-15T13:45:06.928-07:00Alô, Alô...Certa vez uma pessoa que acredita em muitas coisas, inclusive na filosofia oriental me disse que nossa casa é o espelho dos nossos pensamentos, pois bem hoje minha casa não é só minha eu divido ela com mais alguns habitantes, mas meu quarto ainda é meu, e quer saber ele está um caos.<br />
Sinceramente comecei a acreditar nisso, visto que minha mente se encontra em tal estado, em perigo bagunçada, existem calaçados, roupas, livros, cartas e documentos por todos os lados, sem contar um guarda-roupas lotado de coisas de um tempo que já se foi.<br />
É a partir das minhas observações do cotidiano que acabo juntando as letras dentro do caos, tenho chegado a conclusões um tanto assustadoras.<br />
Minha vida é um terno faz de contas, que só acontece no que está sobre meu pescoço e na tela do computador é ali que estou vivendo nos ultimos tempos. Nos seriados, filmes, ali eu já salvei vidas, mudei o mundo e mais ali eu fui amada com todas as minhas idiossincrasias, ali a minha existência tomou importância. Essa é uma conclusão patética, contudo absolutamente real, sendo paradoxal, a realidade é que não vivo no plano real, mas sim no mundo da lua e é de lá que eu me comunico, lá minhas fantasias estão criando movimento.<br />
Como diria Lucas Silva Silva:<br />
- Alô, Alô Planeta Terra chamando.... essa é mais edição do diário de bordo, do meu diário de bordo, onde tudo pode acontecer........<br />
No mundo da lua eu estou em uma vida que tenha sucesso, em algo diferente, cheio de gente, agitação das boas, com as melhores músicas, amigos.<br />
E o plano real? aaaa deixa para depois, quando estou ali no Mundo da Lua, tudo pode ser, tudo pode rolar tudo vira uma fotografia, uma cena de filme, lá a vida acontece?<br />
Quando foi que eu deixei de ser alguém interessante, iventiva sim, mas executora para ser apenas inventiva aqui dentro?<br />
Quando foi que eu deixei qualquer frustração me deixar ir embora e não voltar mais desse plano onde tudo é maravilhoso e eu vôo de uma praia nas Bermudas para a nuvem dos ursinhos carinhosos, escapo de de uma caixa de papelão e tomo um balde de sorvete.... fiquei presa?<br />
Deixe de viajar fisicamente, para não voltar mais do plano da imaginação?<br />
Sempre me pergunto como eu era aos nove anos? Essa mesma pessoa que me falou do quarto, disse que eu era confiante, criativa, segura, tranquila e feliz.<br />
Lá no Mundo da Lua eu sempre acho que sou, mas aqui que não é o mundo das idéias, onde as esquinas são de verdade, os cães latem e lambem, onde nem sempre é verão, em que estação do ano eu fui embora? qual foi a esquina que eu dobrei? qual foi a nave na qual embarquei?<br />
Sei que quando fechos os olhos ou ás vezes com eles bem abertos ainda posso sentir aquele mundo se materializando para depois ir embora.nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474067547240757159.post-1303656246624028062013-04-21T11:16:00.000-07:002013-04-21T11:16:23.077-07:00Para quem tem pés de bailarina...Eu quero uma casa no campo.... opa não era bem isso que deveria ser dito agora, às vezes eu acho que eu entendo o que você quer, existe uma espécie de sintonia entre o que nós conversamos.<br />
Não é que eu não queira uma casa no campo, gostaria muito, aliás eu tenho muitos desejos, eu quero muita coisa, muitas vezes meu unico desejo é ficar sozinha, não gostaria de um abraço, porque se não quem sabe uma lágrima rolasse.<br />
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Asssim como a senhora, eu também desejo alguém atencioso, para dividir um copo de água ou mesmo um de cerveja, que só para variar me levasse para dar uma volta com os cachorros, com quem os silêncios fossem confortaveis.<br />
Eu sei bem que fazia um tempão que a gente não se via, que a principio eu fiquei um pouco cheia de dedos para falar com você, mas Deus como eu sentia saudades!!!<br />
Sei também que a gente gosta de se degladiar, que quando você está de TPM é o diabo de saias, mas também sei que eu não ligo, que cada tapa é necesário, porrada de amor não dói, mentira dói sim, contudo são necessárias para as coisas funcionarem.<br />
Você pode achar uma grande maluquice da minha parte, você pode estar achando esse texto uma merda, um erro, eu não estou nem aí... sei que você mais do que qualquer outro ser humano acredita na mudança de certas coisas, e nem quero apelar para discussões acadêmicas...<br />
Sorri muito ao ver a senhora sorrir, saber que você ainda dança muito bem, que você ainda é carnivora, que você é você mas um você melhor, mais madura, mais maneira, mais Radical Chique, que ainda tem ares de Paris, e sorrisos abrasileirados muito peculiares.<br />
Nem sei o motivo, mas me deu vontade de publicizar o quanto essa visita foi importante, o quanto certas conexões são legais, queria dizer que etsmaos ai, para te dar um tapinha nas costas e dizer que se não quiser uma casa no campo tudo bem, acho que você poderia morar em um apartamento em Paris ou mesmo em bangalô em Jeriquaquara, porque para você mais do que para qualquer outro a felicidade cai bem!<br />
nuvem ciganahttp://www.blogger.com/profile/10526400027408772439noreply@blogger.com0