Certas coisas nos perseguem, parece que certas dores ou tropeções fazem parte da nossa existência, mas você só reconhecerá essa dor quando ela bater a sua porta pela terceira vez.
Em uma tarde ouvi pela primeira vez a noticia, ela doeu, mas ainda eu a suportaria, ela se desfez e depois se prolongou até encontrar a pior manhã de janeiro, ainda meio fria. Mais um pouco antes esse mal agouro ressurgiu, durou um breve tempo e mais uma vez alcançou seu cume e levou aquilo que eu amava, um pouco antes do janeiro, depois ela se vestiu de revolta com Deus, com os sistema, uma inconformidade e depois vazio e depois o tempo.
Entretanto, os carmas não te abandonam, os destinos se que eles existem. A felicidade que parecia cálida, tentou se assentar, agosto termina e setembro vem vindo manso com manchete se repetindo. Mais uma vez me encontro assombrada.
Em conflito constante me sentindo uma grande egoísta, por não suportar ver aquele que tanto amo deixar de existir lentamente, não apenas o físico esse resiste, mas a figura de devoção se vai todos os dias um pouco. Não escuto mais a gravidade da voz, nem mesmo a garra, os palavrões os rompantes cheios de paixão esses me deixam a acada refeição e manhã um pouquinho mais solitária.
Tantas vezes me perguntei se suportaria?
A resposta é clara a cada dia que não vejo aquilo que me fez, deixo também de existir, os interesses, aquilo que foi construído com tanto cuidado quando visitamos a padaria e sentávamos no balcão isso está me deixando a cada quilo que some do seu rosto, a cada sentimento que não reconheço.
Sim, eu sou uma grande egoísta que sente tão sozinha por não poder ver mais certos brios e brilhos na figura tão cuidadosamente construída por meus olhos. Meu coração se parte e vai embora para não voltar, quando não vejo mais o que me fez seguir.
Não vejo mais graça em ouvir Chico nem Zé Ramalho e daqui uns dias nenhuma canção nem mesmo a mais bonita da Maysa, que diz assim:
" Oh tristeza me desculpe estou de malas prontas, hoje a poesia veio ao meu encontro... vamos viajar"
Eu arrumei as malas para partir para longe dela, mas acabei ficando e hoje o lamento que eu queria abandonar se faz presente como minha companhia por perder a cada nascer do dia aquilo que me fez.
Lamento profundamente por pensar assim, de fato eu desejo a redenção e a cura de um corpo doente e ainda que eu não veja mais você nos meus olhos nem me veja nos seus desejo que encarecidamente que fique, para eu poder segurar a mão que me fez atravessar avenidas.
Não enxergo no mundo algo mais cruel do que perder aquilo que mais se ama.
me despeço sem querer me lamentar, cuspindo no sistema que te condena a uma espera injusta, dolorida, me despeço dizendo não existe nada em galaxia alguma que me tire dessa briga por você... que até os confins eu iria e eu vou.
Deixo um beijo cheio de ternura dizendo que eu sinta saudades de você vou fazer você ficar.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
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