Às vezes sinto vergonha de relatar o que está lá escondidinho, uma casca que deve ser mantida é mais importante, todo mundo diz: hei não amolece, se descobrirem irão usar contra você!!
Eu mesma me pego dizendo:
- As relações humanas, são relações de poder, logo se você demosntra alguma fraqueza, será frágil e poderá ser dominado.
Deus como tenho pavor do dominio, não sei se conseguiria viver como sendos refém de algum algoz, seja ele qual for. Fui feita de luz e sombra, de pés livres. Mas, me enxergo como meu próprio algoz, presa em uma rede de posturas necessárias para me manter segura.
Hoje resolvi quebrar os tabus e romper as correntes agir com total incoerência perante meu discurso.
Sei que costumam dizer por aí que pessoas que falam demais são pessimas observadoras, estou aqui para discordar de tal afirmação. É inerente a mim a oralidade, sou uma grande tagarela, que adora dissertar sobre quase todos os assuntos, contudo o fato de quebrar a velocidade da luz enquanto falo, não significa que não sou capaz de olhar cada detalhe ao meu redor, claro que com minha subjetividade, tentando ver tudo com olhares de poemas.
As rotas eram as mesmas uma conhecida de todos os meses que se seguiram nos ultimos meses, outra não visitava a tempos, mas olhar o poema incrustrado nessa rota era outro. Na primeira rota estava preocupada em chegar logo, existe um sabor que queria novamente, um gosto de nutella com pimentas e um algo mais... Já a segunda rota tinha gosto brisa, bem levisinha, os olhares ficaram todos verdes e amaraelos.
Hei as coisas já tinham significado diferente, só estou confessando a mim mesma.
As montanhas que observava não estavam nas janelas, milhas distantes, elas estavam ao alcance dos dedos, como pequenas almofadas que se entrelaçam aos dedos, protegem os finos dedos, na verdade não só as mãos, mas o corpo, se estende aos braços, pernas, ventre, peito...
Senti outros ares as canções soaram diferentes dessa vez, não eram canções de amor, e pouco me importava se não fossem, meus olhos fizeram de tudo poema.
Poema para viver mais, para sorrir mais, para deixar um abraço escapar, para fragilizar.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
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